Ilha de Luanda.2008. Angola
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
(Cecília Meireles)
"É preciso não esquecer nada: nem a torneira aberta, nem o fogo aceso,
Nem o sorriso para os infelizes, nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto, o nosso nome,
o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos, severos conosco,
pois o resto não nos pertence."
(Cecília Meireles)
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